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Os Centros Acadêmicos de Geologia do Brasil

Como funcionam e sua influência na vida dos estudantes

Durante os meses de dezembro/19 e janeiro/20, demos início a terceira atividade da gestão 2019-2020, com o tema: Centros Acadêmicos (CA). O tema foi sugerido durante o Encontro da Coordenadoria Regional do Nordeste realizada no dia 14 de novembro de 2019 em Aracaju-SE no espaço oferecido pela organização do 28º Simpósio de Geologia do Nordeste. A presente atividade tem como objetivo conhecer como são estruturados os Centros Acadêmicos do cursos de geologia e engenharia geológica do país, tanto no âmbito político-acadêmico quanto no espaço físico associado ao mesmo.

Dentro do âmbito político-burocrático das gestões, os assuntos abordados foram: como são as chapas, posicionamento político, eleições, cargos, mobilização, fonte de renda, atividades desenvolvidas, semana acadêmica, festas, etc. Sobre o espaço físico, se houver, buscamos saber a respeito do acesso aos estudantes, como é a vivência, qual a relação dos estudantes com o espaço, liberdade de expressão nas paredes e relação da coordenação e corpo docente sobre o espaço físico.

A atividade foi realizada por 23 universidades, sendo elas: UFAM, UFRR, UFBA, UFOB, UFS, UnB, UFG, USP, UNICAMP, UFMG, UERJ, UFRRJ, UFRJ, UNESP, Uni-BH, FINOM, UFRGS, UNIPAMPA, UNISINOS, UFPR, UFRN, UFES e UFU.

Muitas vezes o termo “centro acadêmico” está ligado à um espaço físico, um centro de convivência dos estudantes. Entretanto, além desse lugar ocupado pelos universitários, o CA, segundo a UNE (União Nacional dos Estudantes), é uma entidade política a qual representa todos os alunos de determinado curso. Em geral, alguns alunos desse curso montam uma chapa e administram as questões relacionadas ao seu curso. Suas atividades são direcionadas a representação discente, organização de eventos acadêmicos e culturais, discussões com os estudantes e debates sobre assuntos pertinentes a sua universidade e curso, luta pelos direitos dos estudantes, espaço de convivência para lazer, etc, da maneira mais democrática possível. Além disso, compõem núcleos importantes ao Movimento Estudantil.

O espaço físico que muitas vezes leva o nome do centro acadêmico é um lugar de encontro dos estudantes. Trata-se de um ambiente comum tanto para estudo quanto reuniões de entidades estudantis, descanso, etc. O espaço físico dos centros acadêmicos, em certo aspecto, se mostra tão importante quanto a entidade na medida em que promove um espaço para interação e convívio entre os estudantes em um local onde há livre expressão, importante fator para a saúde mental dos mesmos. Assim, o texto desenvolvido tem como objetivo apresentar como funcionam os espaços físicos e como os estudantes encontram soluções para o convívio e conservação dos mesmos.

A seguir, buscamos compilar informações gerais a respeito dos centros acadêmicos de geologia de todo o Brasil com o intuito de divulgar o trabalho feito pelas chapas e inspirar o movimento estudantil.

(i) Chapa

Em todas as universidades analisadas foi constatado a ocorrência de chapa única nas eleições para gestão do centro acadêmico. Isso muitas vezes é associado a falta de interesse dos alunos mais novos e falta de credibilidade da representatividade da entidade por parte de todos os alunos do curso. Em média as chapas apresentam 8 membros, mas podem chegar a ter o dobro de participantes como é o caso da UFRRJ, UFRJ e UFG.

Todas as gestões possuem cargos definidos baseado em estatuto. Os cargos comuns a todos são os de presidente, secretário, tesoureiro e seus respectivos vices. Alguns CAs possuem um membro responsável pela comunicação (UFOB, UFBA, USP, UFPR, UFRN, UFPR e UFES), um cargo de coordenação de eventos (UFS, UFRRJ, UNESP, UNICAMP, UFRN e UnB) e um membro responsável pelo espaço físico (UFS, UFRRJ e UFRJ). Algumas universidades relataram a presença de representantes discentes na gestão, sendo elas UFBA, UNICAMP, UFRGS, UFAM, UFRN, UFOB, UFRRJ e UnB. Esse cargo é de extrema importância para o curso pois os alunos participam ativamente de reuniões com os professores e diretoria do instituto, podendo expor a opinião dos alunos sobre assuntos importantes a respeito da graduação e levando demanda dos alunos à debate.

Poucas universidades possuem um representante da ENEGE em um cargo oficial da gestão do CA (UFS, UFRJ, UFPR, UFRN e UNICAMP). Nós da gestão 2019-20 acreditamos que é muito importante a representação da Executiva dentro das universidades estar vinculada ao centro acadêmico pois ambas são canais de comunicação com os estudantes a diferentes níveis de alcance. Além disso, o representante fazendo parte do CA está por dentro dos assuntos atuais de sua universidade, podendo trazer diversas informações e debates necessários à ENEGE.

A grande maioria dos CAs relatou a irregularidade de suas gestões atuais. Isso ocorre em parte pela falta de verba para manter uma gestão regularizada em cartório e também por falta de interesse dos alunos membros, visto que não é essencial para a vida e atuação da entidade. Apenas a gestão dos CAs da UNIPAMPA, UNESP e UFPR são regularizadas em cartório, facilitando a obtenção de patrocínio nos eventos oferecidos.

(ii) Posicionamento e mobilização política

O viés progressista/comunista de universidades, como UFRGS, UNICAMP e outras, reflete a geração de estudantes atual. Então nada de surpreendente que ao abordar essa categoria, a maioria dos CAs se mostrem bastante engajados e com forte mobilização, não somente nos movimentos atuais, mas também em situações desconfortáveis da política nacional, como período de ditadura, que com tamanha pressão e desespero dos universitários, influenciou no desenvolvimento de atividades políticas estudantis, levando ao surgimento, por exemplo, do Centro Acadêmico da UFRRJ.

Esse momento passou, mas novas lutas devem ser enfrentadas. Durante o ano passado isso ficou mais evidente. Os CAs foram de grande importância para as universidades (UFRR, UFAM, UNICAMP, UFG) quanto ao enfrentamento das dificuldades geradas pelos cortes orçamentários e participação em outros tipos de manifestos que abordam educação, meio ambiente, transporte, direitos trabalhistas, etc, sendo tudo feito com a presença dos estudantes nas ruas ou com emissão de documentos e contato com o público. O enfrentamento direto é muito importante, entretanto a conscientização deve ser diária, por isso o desenvolvimento de atividades como debates, mesas redondas e reuniões devem estar presentes no calendário dos Centros Acadêmicos, algo que já vêm sendo desenvolvido na USP.

Tudo o que foi dito até o momento reflete no posicionamento dos CAs aos acontecimentos que afligem a sociedade em geral. Dentro da universidade a história é bem semelhante, a presença estudantil dentro da política interna de cada instituto é mais que necessária e por isso CAs como o da UNESP, UNICAMP, UFAM, UFBA e outras, possuem possibilidade de voto em meio às reuniões de departamento, cada um dentro de suas particularidades, enquanto na UFAM os votos válidos variam de acordo com o número de representantes (no máximo 2), na UFBA, o único voto disponível só é válido com a presença de no mínimo 2 estudantes.

(iii) Atividades desenvolvidas

As atividades realizadas pelas chapas são diversas, contando com assuntos políticos, acadêmicos, sociais, culturais, etc. Apesar de possuírem realizações em comum, as atividades são muito particulares de cada universidade portanto, apresentaremos separadamente cada uma e suas principais realizações.

  • UFOB - Realização da Semana da Geologia e atividade de recepção aos calouros realizada na semana anterior ao início das aulas.

  • UFS - No âmbito acadêmico o CA da UFS oferece palestras e minicursos. Aos ingressantes é feita uma semana de integração com a apresentação do curso, corpo docente, laboratórios, CA, além de informações sobre o sistema de bolsas e as pesquisas realizadas no instituto. A semana acadêmica é realizada pelos alunos do terceiro ano. Na parte social a chapa realiza campanhas de doação de alimentos e roupas, assembleias e rodas de conversa, além do Geoteco para integração dos alunos.

  • UFBA - Realiza Geobar mensal para arrecadação de dinheiro.

  • UFRR - A semana da geologia possui patrocínio e apoio da coordenação do curso. Também é realizado minicurso de primeiros socorros em campo, atividade em parceria com o curso de Medicina. Há o Divulgageo, atividade de extensão e o Inter CAs, onde as chapas participam de jogos.

  • UFAM - Na questão acadêmica realizam tanto a Semana Acadêmica quanto a Semana de Ciência e Tecnologia. A chapa também realiza atividades de integração com os calouros. Na parte social a universidade realizava o Festival Folclórico no qual havia um concurso de dança entre os centros acadêmicos. Entretanto, devido ao corte de verbas o evento não é realizado há 2 anos. O Festival Folclórico da UFAM, é realizado por meio do Departamento de Assistência Estudantil (DAEST) junto com os Centros Acadêmicos com objetivo de integrar a comunidade universitária. Cada ano é escolhido um tema como por exemplo: os países que participaram da copa, onde cada curso busca apresentar a cultura de cada local, por meio de música, dança e roupas típicas. Os Centros Acadêmicos que participam, são julgados e classificados conforme as notas obtidas. Os quesitos julgados são: barraca, apresentação cultural, rei e rainha. Os 3 primeiros colocados ganham alguns materiais para o espaço físico, como armários, materiais para estudo. Este evento além de integração e lazer, também propõe o conhecimento da cultura brasileira e de outros países.

  • UFRRJ - A chapa realiza cursos, palestras e festas. A semana acadêmica é realizada pelos alunos do 7º período.

  • USP - São realizadas assembleias e rodas de conversa. Festas de dias temáticos e cervejadas são realizadas no espaço físico. Também é feita a limpeza do espaço semanalmente pelas diferentes entidades estudantis que dividem o espaço: Centro Paulista de Estudos Geológicos, Atlética, Bateria e Geoboulder.

  • UFMG - A semana da geologia possui comissão organizadora e parceria com a Empresa Jr. O campo dos calouros e a Cavernada são realizados pelos alunos do 2º ano.

  • UFRJ - Organização do evento cultural Geomata realizada no campus.

  • Uni-BH - A chapa realiza a Semana Acadêmica.

  • UNESP - A Semana da Geologia (SEGESP) geralmente é patrocinada por empresas. São organizados eventos para o dia do geólogo e uma programação de recepção aos calouros. Como fonte de renda, a chapa vende hot dogs durante as confraternizações (Roots Dog do CAGEO).

  • UNICAMP - Juntamente com uma comissão organizadora, a chapa realiza a Semana da Geologia (SEGEU). Essa conta com palestras e minicursos, além de atividades de campo na região de Campinas-SP. Para recepção dos calouros são realizadas duas atividades para apresentar a universidade (Como funciona a UNICAMP?) e o Ajuda Bixo onde é apresentado o curso, programas de bolsas, professores e entidades. Uma importante atividade realizada pelo CA é a Avaliação de Curso. Nessa atividade, cada turma é responsável por escrever um documento apontando aspectos positivos, negativos e sugestões relacionadas às disciplinas do semestre. O documento é lido por um membro do CA durante a avaliação de curso com o corpo docente e coordenação presentes. Essa foi uma forma de diminuir as represálias contra alunos que expressam a sua opinião sobre as disciplinas e docentes durante a avaliação.

  • UFRGS - Realização da Semana Acadêmica. A chapa é responsável pela Hora Feliz, uma confraternização com música.

  • UNISINOS - A chapa realiza a Semana Acadêmica e a apresentação do CA para os calouros. Também são responsáveis por eventos de confraternização dos alunos.

  • UFPR - Realização da Semana Acadêmica, palestras, rodas de conversa e recepção dos calouros.

  • UNIPAMPA - A chapa realiza a recepção dos calouros, palestras, debates e atividades culturais.

  • UFG - Realização da Semana da Geologia com inscrição paga, confraternização no dia do geólogo, assembleias e apresentação do CA para os calouros.

  • UFRN - Na semana do dia do geólogo é realizada a Semana Acadêmica (SEGERN). As confraternizações realizadas são a calourada, festa de São João e o Halloween. Como integração entre as turmas há uma atividade esportiva, o Interperíodos.

  • UFES - O CA participa da semana acadêmica, realiza assembleias e rodas de conversa dentro do instituto. Durante a semana de integração com os calouros apresentam o departamento, os laboratórios, empresa júnior e também explicam como funciona o sistema de bolsas.

  • UFU - Realização da 1ª Semana da Geologia em conjunto com a empresa júnior e outras entidades estudantis.

(iv) Fonte de renda

Em todos os CAs a principal fonte de renda é a venda de produtos temáticos tais como camisetas, canecas, adesivos, chaveiros, etc. Alguns também vendem artigos utilizados em trabalhos de campo como cadernetas, canivetes, lupas e escalas (UFS, UFRR, UFG). Muitos também realizam rifas de diversos produtos (UFOB, UFS, UNICAMP, UFG) e a venda de bebidas e comidas em festas realizadas no espaço físico (UFS, UFBA, UFAM, UFRRJ, USP, UFRJ, UFRGS, UFPR, UnB). Na UNICAMP existe um sistema de repasse da reitoria a todas as entidades estudantis da universidade, no qual anualmente a reitoria disponibiliza um valor ao instituto e este é de uso exclusivo das entidades (centros acadêmicos e atléticas). Esse valor já chegou a $5 mil por entidade, entretanto, vem diminuindo ano a ano.

Em geral a verba obtida por esses meios é destinada para realização da Semana Acadêmica (ou Semana da Geologia) - UFOB, UFBA, UNICAMP, UFPR - e/ou para manutenção do espaço físico (UFS, UFBA, UFAM, UFRRJ, USP, UFRJ, UFRGS, UFPR, UnB). Na UFAM o dinheiro também era investido na festa dos formandos. A UFRRJ e UFPR destina a verba ao pagamento de transporte a eventos acadêmicos como congressos e simpósios. A USP oferece auxílio na inscrição de tais eventos.

(v) Espaço físico

Das 23 universidades que participaram da atividade, apenas 4 não possuem espaço físico (FINOM, UniBH, UFG e UFU), 2 conquistaram o espaço recentemente (UNICAMP e UFRR) e as 17 restantes possuem esse local de interação dos alunos fora da sala de aula. O espaço é utilizado pelos alunos como forma de descanso entre aulas, local de refeição, diversão, entretenimento, socialização entre as turmas, ambiente de estudos, reuniões de entidades, etc.

Em algumas universidades esse espaço é utilizado tanto pelos alunos do curso de geologia quanto de outras unidades. A UFMG divide o espaço entre os alunos da Geologia, Geografia e Turismo. O espaço físico dentro do IG-Unicamp ainda está em construção e abrigará os cursos de Geologia e Geografia. A UNIPAMPA possui um único espaço para os 5 cursos oferecidos no campus. UFOB divide com os alunos da Física.

Muitos dos espaços físicos são salas dentro do prédio do instituto e, portanto, seu acesso fica restrito ao horário de funcionamento do mesmo. São eles: UFS, USP, UFMG, UFRJ, UNESP, UERJ, UFAM e UFRGS. Já os locais que são avulsos, um prédio a parte, possuem acesso 24h (UFOB, UFBA e UFRRJ).

Na UFRN o espaço físico se encontra dentro do prédio do instituto, porém tanto alunos como professores têm a possibilidade de entrar e usufruir do espaço (não só do Centro Acadêmico, como também dos laboratórios), porém no ano de 2019 tal fato passou a ser considerado um problema para a atual coordenação do curso, que vem tentando proibir o uso do Departamento de Geologia fora de seu horário de funcionamento.

A respeito das chaves, é comum apenas os membros do centro acadêmico possuir uma cópia (UFAM e UFPR). Há também universidades onde o acesso é liberado a qualquer pessoa mediante pedido da chave na portaria ou secretaria (UFBA) ou até mesmo cada aluno pode ter sua cópia (UFRRJ e UERJ).

Nesses espaços ainda é possível encontrar eletrodomésticos de uso comum como microondas, geladeira e cafeteira (UFS, UFBA, UFRRJ, USP, UFMG, UFRJ, UNESP, UFRN, UERJ, UNISINOS, UnB). Alguns possuem computadores, litoteca e biblioteca, além de sofás, mesas e cadeiras. Para entretenimento, os espaços contam com vídeo-games, equipamentos de som, mesas de sinuca e pebolim, etc. Na USP e UFRJ o espaço físico possui uma parede de escalada.

O espaço é também utilizado para realização de festas e confraternizações dos alunos. Também há centros acadêmicos que possuem um membro para fiscalização do espaço e geralmente a verba obtida pelo CA é convertida para manutenção do local.

(vi) Liberdade de expressão

No quesito liberdade de expressão foram observadas diversas respostas. A maior parte das gestões permite escrever nas paredes dos espaços destinados aos CA’s. Na UERJ, UFAM e na UFFRJ os estudantes preferem as lousas de giz. Já na UFOB é vedado qualquer tipo de expressão nas paredes do CA.

Em relação ao consumo de drogas lícitas como tabaco e bebida alcoólica considera-se que cada centro estudantil possui um regimento interno, porém esse regimento está sujeito à legislação do campus de cada universidade. Nos CA’s da USP, UNESP, UnB e UFPR é aceito o uso de tabaco e álcool sem restrições. Na UFBA não pode fumar durante as refeições e pode beber somente em eventos. Na UFS o uso é permitido apenas após às 17hrs. Na UERJ pode beber mas é proibido fumar, assim como na UFRRJ. Na UFOB, UFAM e UNIPAMPA a utilização dessas drogas é proibida.

Infelizmente, com o passar dos anos, a adesão nos Centros Acadêmicos tem sido cada vez menor por parte dos ingressantes. As questões burocráticas para a regularização do mesmo podem ser o principal fator para tal, juntamente com a falta de interesse dos calouros acerca das questões políticas no âmbito acadêmico, a “falta de tempo” e a falta de retorno que os membros da chapa possuem. Também é possível que a nova geração de alunos da geologia tenha um pensamento político e de militância diferente dos daqueles mais velhos e engajados no movimento estudantil. Isso é visto também na Executiva no qual muitos questionam o papel da entidade na vida dos estudantes.

É de extrema importância dar vida e continuidade às entidades estudantis, principalmente no momento político atual em que vivemos. Os danos às universidades serão menores enquanto houver alunos engajados e preocupados com as questões políticas e sociais dentro desse espaço público.

O espaço físico dos centros acadêmicos foi, na maioria dos casos relatados, conquistado através de reivindicações de estudantes que passaram pela graduação ao longo da história nos cursos. Espaços que, também, ao longo do tempo vem sendo questionados, boicotados e, por mérito de estudantes e professores apoiadores, continuam resistindo e existindo. Para muitos, um centro acadêmico é somente um espaço de descanso e descontração entre os alunos, o que, de certa forma, não está errado.

Mas, nos centros ou diretórios acadêmicos, pessoas criam laços emocionais, discutem questões sobre aulas, pautas que atingem diretamente os graduandos e pós graduandos, descansam nos intervalos entre as aulas, criam raízes profundas. Negar a existência desse tipo de espaço é negar a importância da saúde mental dos estudantes, o debate geológico e geocientífico que se fortalece nesse tipo de ambiente, assim como a saúde mental dos alunos, em um geral sobrecarregados com a grade curricular e projetos de extensão.

Assim, esse texto tem como objetivo demonstrar as atividades desenvolvidas pelos centros acadêmicos para derrubar o estigma e preconceito que reforça a ideia de que espaços estudantis desperdiçam área útil dos institutos. É tão importante quanto sala de aula, campo, restaurante universitário. É um espaço para que os estudantes sintam-se representados, em casa.

Muitos centros acadêmicos possuem redes sociais para divulgar suas atividades online. Recentemente, nós fizemos um compilado de todos os perfis de instagram dessas entidades para divulgar seus trabalhos. Os perfis encontram-se no destaque do perfil da ENEGE (@enege.brasil).

Gabriela Duarte de Oliveira, Alessandra Linares Casagrande

São Paulo, 10 de março de 2020.

Representantes:

Caio Rodrigues Bezerra Felipe Costa

UFRR UFAM

Taís Queiroz Ariel Lima

UFBA UFOB

Heitor Paton Heliana Gregorio

UFS UnB

Gabriel Veloso Kauan Martins

UFG UNICAMP

Vanessa Bohrer Luiza C. de Rezende

USP UFMG

André Leite Gabriela Rodrigues

UERJ UFFRJ

Bianca Alvarenga Marcelo Donadelli

UFRJ UNESP

Nicole Faria Gomes Debora Santos

UniBH FINOM

Tiago Saldanha Ana Luiza Rezende

UFRGS UFRN

Gabriel Smith Guilherme Zanatta

UNIPAMPA UNISINOS

Ingrid Geraldino Raiane Mechetti

UFPR UFES

Raquel Ramos

UFU

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